9 de agosto de 2012

Londres - Vôlei com emoção ou sem emoção?


Quem diria que o país conhecido por ser o país do futebol se transformaria no país do vôlei? Vôlei de qualquer tipo, de quadra, de praia, militar, juvenil, profissional, amador... simples assim: vôlei.

Não é à toa que nossas seleções feminina e masculina estão no topo do ranking e também estão na mesma posição Alison/ Emanuel e Juliana/ Larissa do vôlei de praia.


A torcida se encantou de tal forma que a galera acompanha jogos de madrugada, faz blogs especiais, cria perfis no Facebook e se envolve apaixonadamente.




As preferidas são as meninas da seleção, talvez pela fragilidade misturada a valentia, a vontade de mostrar que não tem essa de sexo frágil, TPM e tudo mais, que mesmo assim dá pra vencer, mas elas começaram a testar nossos níveis cardíacos logo na fase de grupos perdendo dois jogos e quase ficando fora da próxima fase.





Se emoção pouca é bobagem, Alison e Emanuel jogaram o tie-break logo na primeira partida, com direito a "ufa!" quando o jogo acabou.

A Seleção masculina gosta de dar sorte para o azar e num jogo ruim pra nós, perdeu para os Estados Unidos.


E quando falamos em testar o coração isto inclui o nervosismo, parecia que eu estava ali, na Arena junto com Talita e Maria Elisa, queria poder dizer para a Maria "tentar" ficar calma que o jogo vira de lado, mas não virou e doeu vê-las sendo entrevistadas, falando da derrota, não é apenas um jogo, é um jogo olímpico.




Se parecia pouco, doeria mais ainda ver os alemãs Brink e Reckermann vencerem Ricardo/ Pedro Cunha, era inacreditável, era um tal de vai Pedro você consegue defender, vai Ricardo sou mais o block machine. Vamos lá, fiquem calmos, relaxem, lembrem do "se divertir" , quem estava aqui torcendo sentiu um pouco da tristeza estampada no rosto dos brasileiros (foto)





Aí, a Seleção Feminina de Vôlei, sempre elas, iriam ultrapassar todos os limites de pressão arterial já presenciados: Salvaram 5 match points. Jogaram ali, ponto a ponto, set a set, com uma Rússia chata, um time que estava entalado na garganta de todo mundo, ver a Gamova chorar foi a nossa "vingancinha". Sheila deu show e confessou que havia prometido não perder mais, as brasileiras choravam. Zé Roberto deu peixinho no final. Quem só fala de futebol tinha que falar delas, foram sensacionais. Todavia, da próxima vez pode ser com um pouquinho menos de emoção? ( leia mais aqui)






Semi-final na praia, certos da vitória de Juliana/ Larissa a reação nacional foi o silêncio: redes sociais se calaram, a chuva forte, a expressão angustiada e incrédula das brasileiras também doeu, como buscar forças para a disputa do bronze? Bronze fácil? Que nada, sem emoção não tem graça: primeiro set 11x21 para as chinesas, o Brasil teve que correr atrás.





Além da vontade de ser ouro, um sentimentozinho de vingança pelos alemães terem eliminado nossa outra dupla Ricardo/ Pedro, queríamos ouro e prata, uma final brasileira, mas só podíamos ter uma das duas, que fosse o ouro. Jogo pegado, lutado, jogado de forma sensacional, show de voleibol, mas... deu Brink e Reckermann.. Ah... Alison e Emanuel, dois monstros que mereciam vencer. A gente valoriza a prata, reconhece o mérito do adversário, mas... snif, snif.



A seleção feminina já está na final, a masculina joga amanhã. Jogarão eles com emoção ou sem emoção?


Não perca a hora:
Sexta-feira - 15h30 - Brasil x Itália - Vôlei masculino
Sábado - 14h30 - Brasil x Estados Unidos  Vôlei feminino
Domingo - 9h - Vôlei masculino

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